quinta-feira, 18 de junho de 2009

De Esquerda e de Direita para Brasileiros

Esquerda ou Direita?

Quem não sabe o que isso significa não teve boas aulas de História, especialmente sobre a Revolução Francesa. Naquela época, quem sentava na esquerda da Assembléia tinha idéias mais voltadas para o social, e do outro lado sentavam os burgueses. Eis que surge a conceituação político-sociológica de Direita e Esquerda.

No Brasil, nas décadas de 60 ou 70, se um político se opunha à Ditadura, era taxado de 'de esquerda'. Logo, o povão, descontente com as atitudes do governo, era 'de esquerda'. Nos anos 90, o PT e outros partidos socialistas se opunham ao governo de Fernando Henrique Cardoso e era taxado de 'de esquerda', logo a Esquerda virou sinônimo de Oposição devido ao árduo oposicionismo desses partidos. Nos anos 2000, um partido de Esquerda entrou no poder, mas passou a agir como se fosse de direita, e foi uma confusão interna total pois algumas pessoas do próprio partido se diziam 'de esquerda' e chamavam outras de direita. E agora? Quem se opõe a essa específica Esquerda (PT) é o que? Oposição (por se opor ao partido em poder), Esquerda (por se opor ao partido que parece de Direita) ou Direita (por se opor ao partido que se diz 'de esquerda')?

Muito difícil para quem filosofa pouco entender toda essa complicação.

domingo, 7 de junho de 2009

Direito de considerar alguém um irmão / Right to consider someone a brother

Esta semana, ocorreram-me duas situações em que fui chamado irmão.

Na primeira, passei por uma esquina, onde fui abordado por um cidadão que parecia pedir esmolas e dizia: "Irmão, irmão, posso falar um pouco?". Nessa hora, a pressa e a experiência de vida falaram mais alto, pois conheço situações em que pessoas são assaltadas por gente que se passa por por pedinte, portanto não posso arriscar meu bem estar.

Na segunda situação, durante um exame, uma pessoa, após cumprimentar-me, conversou um pouco, desejou sucesso e disse: "Deus te abençoe nessa prova, irmão!". Até aqui, tudo bem, ele parecia um sujeito honesto, bem educado e dizia palavras que a maioria das pessoas gostam de ouvir. No entanto, percebi que depois do 'abençoe', ele apresentava uma expressão facial de curiosidade, esperando uma réplica tão religiosa quanto a sua expressão verbal. Respondi, na minha quase sempre tranqüila maneira de dizer, "Muito obrigado, amém!". Como tenho o costume de examinar com bastante atenção o comportamento das pessoas com quem convivo, observei que essa pessoa mantinha o seu cenho e não abriu um sorriso ao ouvir a tão comum resposta "muito obrigado", mas o fez ao ouvir o "amém". Foi clara a importância que essa pessoa dava a atitudes religiosas, entre outras partes da conversa que me fizeram perceber isso.

Em ambos os casos em que me chamaram irmão, eu comecei a pensar se devia ou não dizer que eu não me considerava irmãos, e que eu preferia não ser chamado irmão e vou explicar meus motivos. Decidi que não.

Eu sei muito bem que no mundo ocidental, civilização greco-romana, é comum as pessoas se referirem umas as outras como irmãs, mesmo sem ser irmãs biológicas. Essas pessoas seguem as escrituras bíblicas, nas quais está escrito que todos são filhos de Deus. Como são filhos do mesmo ser, podem ser chamados irmãos.

Entretanto, o direito de cada um termina onde começam os direitos dos outros. Assim como quando um não quer, dois não brigam, ou quando um não quer, dois não casam, funciona a lógica de considerar ou não os outros irmãos. Se o deus de um fala que todos são irmãos, o deus do outro pode falar que irmãos são só os biológicos. A partir da premissa do conceito da palavra irmão, filhos do mesmo pai, ou da mesma mãe, filhos de um mesmo pai ou de uma mesma mãe serão sempre irmãos biológicos, é fato. Chamar de irmã uma pessoa que não é sua irmã biológica sem saber se o deus dela diz se você é ou não irmão dela é um desrespeito à religião dessa pessoa.

Em suma, considerar qualquer pessoa um irmão ou irmã é um direito de qualquer um, mas chamá-la de irmã ou irmão, depende do parentesco biológico ou da crença dessa pessoa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

10 RAZÕES PARA REJEITAR O CASAMENTO GAY


  1. Ser gay é anti-natural. Pessoas decentes rejeitam coisas anti-naturais como leite de soja, poliéster, computador e ar-condicionado, certo?

  2. O casamento gay vai encorajar as pessoas a serem gays também, da mesma forma que ser amigo de pessoas altas te deixará mais alto.

  3. Legalizar o casamento gay abrirá as portas para todo tipo de maluquices. Algumas pessoas poderão até querer casar com seus animais porque um cachorro pode ler e assinar um contrato de casamento e chamar um advogado caso queira o divórcio.

  4. Casamento hetero está aí há um tempão e não mudou nada: mulheres ainda são propriedade, negros não podem se casar com brancos e o divórcio ainda é ilegal.

  5. O casamento hétero perderia seu significado se o casamento gay fosse permitido: a santidade do casamento de 48 horas da Britney Spears seria destruída.

  6. O casamento hétero é válido porque produz crianças. Casais gays, inférteis e idosos não podem se casar porque nossos orfanatos não estão lotados ainda, e o mundo precisa de mais crianças.

  7. Obviamente, casais gays vão criar crianças gays, uma vez que casais héteros sempre criam crianças hétero.

  8. O casamento gay não é aprovado pela religião. Numa teocracia como a nossa, os valores de uma religião são impostos ao país inteiro. É por isso que nós só temos uma religião no Brasil.

  9. Crianças nunca teriam sucesso na vida sem um exemplo masculino e um feminino para seguir em casa. É por isso que nossa sociedade proíbe que crianças sejam criadas por pessoas solteiras, viúvas, separadas, desquitadas ou divorciadas.

  10. O casamento gay mudará as bases da sociedade; nós nunca nos adaptaríamos às novas normas sociais. Exatamente como não nos adaptamos à globalização, à democracia e à expectativa de vida mais longa, entre outras coisas.